Confira, na coluna do Jornal "A União" desta semana, algumas das ideias que moveram o projeto neste ano, assim como alguns dos bens culturais imateriais mapeados pelos agentes culturais dos bairros do Róger, Rangel, Vale do Gramame, Mandacaru, Paratibe e Bairro dos Novaes.
Quem quiser ler jornal completo, pode clicar aqui.
domingo, 30 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
Na Coluna desta semana: Atividades do Museu e Ciclo Natalino
A nossa coluna desta semana faz uma breve reflexão acerca de como o ciclo natalino reflete nas expressões e brincadeiras populares. Este é o momento, ainda, de fazermos um rápido apanhado das atividades realizadas neste ano pelo Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa. Se puder, confere abaixo.
Para quem quiser ler o jornal na íntegra, pode clicar aqui.
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domingo, 16 de dezembro de 2012
Róger: Um lugar de rezadores. rios e quadrilhas
Mas olha só: a coluna deste domingo (16) trata da nossa vivência no bairro Róger a partir da ótica de Nina Nascimento, agente cultural comunitária da localidade. Ela compartilha um pouco das conversas com Seu Luiz, mestre da quadrilha, com Dona Severina, que é rezadora e, ainda, algumas das atividades desenvolvidas nos lugares do bairro. Além disso, ela relata um pouco da experiência da criação do site do projeto, que passará por alguns ajustes antes de entrar no ar.
Confira o Jornal "A União" completo aqui.
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domingo, 9 de dezembro de 2012
Rangel e Paratibe: A Coluna nas Aulas de Campo
E para quem não teve a oportunidade de ler, aqui vai a nossa coluna no jornal "A União": esta semana o espaço fala das nossas aulas de campo nos bairros do Rangel e de Paratibe. Na primeira localidade vivenciamos as narrativas de Dona Anália, praticante do candomblé e zeladora de santos há mais 54 anos e as histórias de Dona Inácia, mestra da Tribo Indígena Pele Vermelha. Já na segunda comunidade, conversamos com o rezador Seu Chico e com Mãe Mocina, que é mãe pequena na Casa de Umbanda Yemanjá Dodê.
Confira o jornal na íntegra aqui.
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domingo, 2 de dezembro de 2012
O Museu no Domingo
Confira a coluna do Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa no jornal "A União" deste domingo (2): o espaço trata das atividades desenvolvidas na última semana quando das oficinas de Educação Patrimonial e Língua Portuguesa, assim como das vivências da nossa segunda aula de campo no bairro dos Novaes com o Mestre Pirralhinho e com Tina, referências do boi-de-reis e do cavalo marinho no bairro.
Quem quiser acessar o jornal na íntegra pode clicar aqui.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Em novembro
Aula de Português: Fátima Cantalice e os agentes |
Na segunda sexta-feira (9)
do mês, a gente vivenciou a escrita de cartas, junto à Fátima Cantalice, para
que nos familiarizássemos com a linguagem de quem pede informações a
instituições acerca de nossas comunidades, bem como de pesquisas já desenvolvidas
com a temática. Neste mesmo dia, Marcela Muccilo conversou mais demoradamente
acerca de como construiremos nossos relatórios: “o formato dos relatórios é
quadrado, cheio de caixinhas a serem preenchidas; mas nós não precisamos sê-lo”,
explica. Nossos relatórios serão feitos de forma da registrar nosso patrimônio
imaterial do ponto de vista das formas de expressão; saberes e fazeres;
celebrações e edificações.
Aula de Fotografia: Ricardo Peixoto e os agentes |
Este também foi momento para
trocas ideias, a criar – só como palavrinhas ditas – letras de música junto com
Jamaica, do Vale do Gramame. Este dia foi, ainda, de a gente conversar com
Marcela Muccilo acerca dos nossos relatórios e de pensarmos outras dinâmicas
para o museu, cujo significado ainda é um pouquinho difícil de entender: como
visitar esse museu? como tocar nesse acervo? E a resposta se encontra
cotidianamente: o patrimônio se encontra em nossas casas, nossas ruas e no
nosso bairro todos os dias: o negócio é olhar e vivenciar de perto, bem de
pertinho. O espaço também foi para a gente se preparar para a aula de campo do
domingo (18) no Vale do Gramame.
Aula de Campo: Agentes no Vale do Gramame |
Aquele foi domingo de
conhecer, também, o quintal de Seu João, de sentar em círculo para conversar
acerca das histórias em ciranda e coco do Vale do Gramame e de partilhar uma
jaca. O momento foi, ainda, de registrar em foto da nossa visita e de nos
despedir cantando as cirandas reconhecidas no caminho de volta para a casa.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Nos dias de jornal
Domingo chega e, com ele, o compartilhamento das atividades do Museu do Patrimônio Vivo no caderno Diversidade do Jornal "A União". No espacinho deste dia a gente procurou partilhar as experiências vivenciadas na aula de campo no Vale do Gramame, bairro onde a gente inicia uma conversa com as comunidades e também a expedição fotográfica que culminará numa exposição itinerante.
Quem quiser ler o jornal completo é só clicar aqui.
Quem quiser ler o jornal completo é só clicar aqui.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Dos dias em que a discussão vai ao jornal
Para quem não teve a oportunidade de ler a coluna do Museu do Patrimônio Vivo no caderno Diversidade do Jornal "A União" deste sábado (17), pode de demorar um pouquinho mais os olhos no texto abaixo. O jornal na íntegra se encontra aqui.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Daqueles espacinhos no jornal
Para quem não teve a oportunidade de ler no dia, aqui vai a coluna do Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa no caderno Diversidade, do Jornal "A União", deste sábado (10). E para quem quiser ler o jornal na íntegra, é só clicar no aqui.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Nestas semanas em que acontecem tanto
Diálogos acerca de Direitos Culturais, com Pablo Honorato |
No Museu do Patrimônio Vivo
de João Pessoa a semana deu seus primeiros passos de maneira tranquila, na última
segunda-feira (5), de forma a retomar o diálogo iniciado na semana que passou:
Direitos Culturais. Quem facilitou o espaço que trata dos direitos enquanto
conquistas históricas, forma de empoderamento e uma da maneiras de salvaguarda
do patrimônio imaterial foi Pablo Honorato Nascimento.
Na segunda-feira (29), Pablo iniciou o diálogo acerca dos direitos enquanto regras,
normas e prerrogativas, que continuou nesta última segunda (5). Neste momento, tracejou
um dos percursos históricos dos negros e negras, a partir do qual alguns de seus direitos
foram conquistados. O recorte desta trajetória foi pensado a partir do ano de
1554 com a Bula Papal que, na época, autorizava “a subjugação de sarracenos e
pagãos à perpétua escravidão”; e perpassou, ainda, pelo ano de 1597, com a formação
do Quilombo dos Palmares, bem como sua desarticulação no ano de 1695; pela
libertação dos escravos na França no ano de 1794 e pelo contexto brasileiro no
que toca à esta questão: último país da América a declarar os negros como livres,
no ano de 1888. Meio a estas discussões, foram destacadas as leis do Sexagenário, Feijó e Ventre Livre, por exemplo, como o início de uma conquista de
direitos. As aulas seguem este viés com o objetivo de uma contextualização histórica para depois partir aos direitos vigentes no dias de hoje, no âmbito da cultura.
Na última segunda-feira (29)
também se iniciaram as conversas com Peinha Teixeira acerca de Educação
Patrimonial. Naquele momento a gente se apresentou através do pandeiro, mostrou
a arte que pratica e vive e, ainda, destacou as pessoas que se constituem como nossa
referência - base de nossa ancestralidade. As conversas também correram ao que
valorizamos em nossa casa: daí foram inseridas na prosa redes de pesca, capim
santo, melancia, violão, livros e a própria casa. O ato de sentar em
círculo também foi motivo de conversas: “quando nas aulas, por exemplo, a gente olha muito
para as costas das pessoas, mas não sabe qual a cor dos olhos. As rodas se formam
naturalmente”, acrescenta Peinha. Ah, quão sossegada foi aquela manhã de pés no
chão e de cantarolar cirandas formadas em onda: Eu te dou meu amor/ Eu te dou
meu coração/ Quando for no fim do ano/ Eu te dou minha mão foram alguns dos versinhos compartilhados nesta manhã.
Entrega de dicionários doados pelo Sebo Cultural |
domingo, 4 de novembro de 2012
Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa agora tem espaço no jornal "A União"
Todo dia é dia de Museu, especialmente no domingo que faz a gente abranger o diálogo: é que o projeto Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa agora tem espaço no caderno "Diversidade" do Jornal "A União". A coluna será publicada semanalmente justamente naquele dia de mais calma para se ler as letrinhas jornalísticas. Vê só:
domingo, 21 de outubro de 2012
De quando a atividade é Seminário
Agentes Culturais na Oficina de Fotografia |
Por Isa Paula Morais
Depois uma semana permeada
por práticas de sensibilização à vida e à fotografia com Ricardo Peixoto, em que foram feitos exercícios
já esquecidos por gente que quer se tornar grande – desenhos, atenção à
respiração, pensar no fazer bem feito, cuidado com o corpo e enxergar não só
com os olhos, mas todos os sentidos –, a última semana também compreendeu um
momento importante para o projeto: nos dias 18 e 19 de outubro foi realizado o
I Seminário do Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa. Passaram pelos
microfones, nos dois dias de evento, Gilson Renato, Marta Smith, Laura Moreno, Átila
Tolentino, Emanuel Braga, Pedro Rossi, Jurandi Pacheco, Laetitia Valadares, Stella
D’Agostini e Ana. O público participante foi composto de aproximadamente 25
pessoas inscritas, junto a 11 agentes culturais participantes do projeto.
Seminário: Laetitia fala sobre patrimônio imaterial |
Nestes dias as discussões
abrangeram temáticas como patrimônio cultural imaterial, desenvolvimento sustentável,
globalização, salvaguarda, educação formal e informal, identidade e cidadania.
Os diálogos também envolveram diferenças entre o que é considerado folclore e
cultura popular, tendo base elementos como estático e dinâmico; inserção no
cotidiano; hibridismo. Também se discutiu maneiras de como a cultura popular
pode se apropriar de uma estrutura, de forma contribuir para a salvaguarda do
patrimônio cultural imaterial.
Economia sustentável também
foi foco do debate: conceitos de economia viva e criativa foram compartilhados,
assim como de turismo comunitário. Desta maneira, as conversas se direcionaram a
maneiras de resistência das comunidades no que toca aos conglomerados turísticos,
como é o caso de resorts – espaços que, muitas vezes, não têm relação direta
com a comunidade, resultando numa exoticização da cultura popular a partir dos ares excêntricos atribuídos às expressões culturais de determinada localidade.
Ana, da comunidade de Gurugi, partilha experiências |
Também se foi destacada a
ideia de que o passado não seja considerado um peso, mas um apoio. Desta
maneira, pode-se contribuir para um respeito à ancestralidade e uma possível
reconfiguração desta. Outro ponto discutido foi o da expressão cultural da
comunidade: é possível viver de cultura? Em que momentos uma comunidade cobra
ou não cachê? Como não contribuir para uma política cultural de cachês e cobrar
um acompanhamento por parte do poder público?
“A gente é rico, a gente tem
cultura, tem comida e tem do que viver; não estamos em estado de vulnerabilidade social”,
destaca veementemente Ana, da Comunidade de Gurugi. Esta frase de Ana dá forças
às atividades e colabora para desmistificar certos estigmas; há uma necessidade
de ações por parte do poder público, mas que estas incentivem um protagonismo
por parte das comunidades.
O I Seminário do Museu do
Patrimônio Vivo de João Pessoa teve como tema “Educação e Salvaguarda de Patrimônio
Cultural como Forma de Desenvolvimento Sustentável” e foi realizado pelo
Coletivo Jaraguá em parceria com o Centro Estadual de Arte (Cearte), Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e com apoio do Sindifisco
e da UFPB.
domingo, 7 de outubro de 2012
Entre dicionários e palavras
Agentes Culturais com a professora Fátima, na aula de Português |
"Não é só o dicionário que dá o significado das palavras", inicia a professora de português, Maria de Fátima, a manhã desta sexta-feira (28). Esta ideia, que permeia toda a aula, dá impulso à conversa de compra de passarinho e os momentos que se seguem durante a manhã, com diálogos acerca de cultura popular com Nara Limeira.
E o que é Conversas de Compra de Passarinho? É Rubem Braga falando com a gente, de maneira a ser lido e relido por entre intervalos e universos de compreensão do sentido das palavras. Hesitar, ceder e léguas foram algumas das que estavam dentro daquele texto, mas fora de um mundo de vocabulários até aquele momento. Depois de compartilhadas e possivelmente sanadas as dúvidas, escrevemos, lemos e conversamos mais.
Em seguida os leros-boleros permearam espaços de um universo que a gente conhece bem: aquele onde a gente vive, revive e reinventa. Ah, como foram longe esses compartilhamentos de vivências. Falamos de Mestre Zequinha, brincante de boi de reis e cavalo marinho, que foi embora há pouco, no sábado passado. "Meu pai dançou com o pai dele", já falou alguém da sala. Danças das Tribos indígenas também foi tema discutido nesta manhã e outro já se pronunciou quanto à conversa: "eu ensaiava as danças com eles".
Entre Rubem Braga, músicas de Odete e releituras de Eleonora Falcone e vídeos, a manhã transcorreu tranquila, de maneira que voltamos à casa com questionamentos e vivências compartilhadas.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Uma manhã de particularidades e recriações
Agentes Culturais em aula de informática com Sérgio Vilar |
Colocar a nossa particularidade e, com isso, recriar cotidianamente espaços que ocupamos. Com essa preocupação, mas ainda não consciente dela, as conversas que englobam o Museu do Patrimônio Vivo se iniciaram cedinho da manhã, quando de um encontro no ônibus junto aos coordenadores do projeto, Pablo Honorato e Marcela Muccilo. Ao chegarmos ao Cearte, local da realização das aulas, essa particularidade foi discutida, ainda que sem saber, nas aulas de informática. Já consciente desta prática, a temática foi um dos focos das discussões de Educação Patrimonial nesta segunda-feira (24).
Na aula de informática, a
ideia de recriação pôde ser praticada quando da edição de cores e colocação de
imagens no esboço da página que servirá como site do Museu. Já na aula de
Educação Patrimonial, foram-se discutidas essas recriações através de maneiras
de contar histórias, que perpassaram pelas práticas do paradigma indiciário.
Seguimos índices, pistas para narrar e tentar remontar, ainda que
malfeitamente, as nossas histórias (vivenciadas ou não). O trabalho de
documentar a comunidade começa já a dar os primeiros passos, ao ser necessário
uma familiarização com os documentos onde serão registradas nossas
manifestações.
A manhã foi comprida, cheia
de gentes e conversas. Nesse sentido, a equipe coordenadora também seguiu a um
seminário acerca das dissertações de mestrados do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A idéia foi a de perceber o que se
entende e se estuda hoje em relação ao patrimônio e à forma de documentá-lo.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Daqueles dias que a gente tem visita
Por Isa Paula Morais
Nesta segunda-feira (17), além das aulas habituais de Informática, com Sérgio Vilar, e Educação Patrimonial, com Felipe Cantalice, o Projeto Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa recebeu uma visita: Alzenir e Lamartine, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vieram compartilhar os dados colhidos pela instituição relativos nossos bairros, assim como outras informações obtidas através de pesquisas.
Nesta segunda-feira (17), além das aulas habituais de Informática, com Sérgio Vilar, e Educação Patrimonial, com Felipe Cantalice, o Projeto Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa recebeu uma visita: Alzenir e Lamartine, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vieram compartilhar os dados colhidos pela instituição relativos nossos bairros, assim como outras informações obtidas através de pesquisas.
A ida dos representantes da instituição ao local das aulas, no Centro Estadual de Arte (Cearte), ocorreu no espaço entre-aulas e consistiu num compartilhamento de conhecimentos através de uma familiarização inicial com site do IBGE. Nele pudemos navegar pela página http://www.ibge.gov.br/home/ e acessar o Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra) para conhecer mais acerca de nossos bairros através de dados como número de moradores, bem como gênero, extensão territorial e renda, por exemplo. A ideia foi a contribuir para auxiliar nas pesquisas que comporão o acervo do nosso museu.
Antes e depois desse momento as aulas seguiram seu ritmo normal, de maneira que Sérgio fez alguns exercícios no tocante à construção do nosso site, assim como de bases de programação, e Felipe lançou bases do conceito de paradigma indiciário para que possamos seguir determinados caminhos para identificarmos e documentarmos as manifestações culturais dos bairros. Além disso, nos foi entregue uma planilha para que víssemos os aspectos que exporemos através do site, da mostra fotográfica e do catálogo.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Todos os dias nos dias todos
Por Isa Paula Morais
O patrimônio imaterial se mostra todos os dias nos dias todos: nos sentidos que se atribuem a uma palavra, a um objeto, a um movimento, a uma data. E por falar em data, esta segunda-feira (10) foi de comemoração do aniversário de Lygia, uma das agentes culturais do bairro de Mandacaru. Os festejos começaram cedinho da manhã com as aulas de informática e educação patrimonial, permeadas por café, bolo e palmas de parabéns.
A proposta da aula de informática desta segunda foi a de exercícios de programação para a construção de site: os símbolos de maior que (>) e menor que (<) foram constantemente utilizados no bloco de notas. Em seguida, foram feitos os testes para a criação de páginas: apareceu a nós um espaço branco com título e frases que havíamos escrito anteriormente. Assim começam os primeiros passos para nosso site.
Em seguida, as conversas tomaram outro rumo noutra outra sala: discutimos qual o nosso papel enquanto agentes culturais nos bairros. Como começaremos esse processo de pesquisa em nossas comunidades? Como não “levar carreira de Dona Florinda”, como disse Iara, do bairro de Paratibe? A ideia primeira é a de que façamos um levantamento acerca do que foi já escrito e pesquisado sobre nossas comunidades e, em seguida, a proposta é a de que falemos dos nossos lugares e das consequentes manifestações culturais já que, muitas vezes, os olhares sobre os espaços que habitamos vêm de fora, como que de pessoas que não vivenciam o nosso dia a dia.
Tendo em vista este processo, Pablo Honorato, um dos coordenadores do Projeto e com formação no curso de Direito, falou-nos acerca das maneiras de preservação do patrimônio inscritas na Constituição. Depois, dialogou sobre o que é inventário, o que é museu e de conceitos como identidade e memória.
Falar sobre nós e rever maneiras de como vamos "nos" falar-representar, bem como identificar os patrimônios imateriais tão naturalizados, pode ser difícil. A ideia é a que não sejamos esquecidos nem por nós mesmos, nem pelas pessoas que, muitas vezes, nos conhecem de maneira superficial e através de olhares que não são os nossos.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
De assim-assim ao impulso de narrar
Agentes Culturais na aula de informática |
Por Isa Paula Morais
A última segunda-feira (27) começou assim-assim – e já se imagina aquele gesto com a mão que ensaia um semicírculo para a direita e outro para a esquerda – por conta de um chove-não-molha e levantou os ânimos com um posterior impulso de narrar e de pensar acerca deste narrar. Houve quem dialogasse sobre do desenvolvimento de sites; houve quem puxasse o assunto para o contar histórias das comunidades; houve quem, no intervalo das aulas, falasse acerca dos saberes do povo sobre de picadas de escorpião, assim como de colírios feitos a partir da urtiga branca.
A última segunda-feira (27) começou assim-assim – e já se imagina aquele gesto com a mão que ensaia um semicírculo para a direita e outro para a esquerda – por conta de um chove-não-molha e levantou os ânimos com um posterior impulso de narrar e de pensar acerca deste narrar. Houve quem dialogasse sobre do desenvolvimento de sites; houve quem puxasse o assunto para o contar histórias das comunidades; houve quem, no intervalo das aulas, falasse acerca dos saberes do povo sobre de picadas de escorpião, assim como de colírios feitos a partir da urtiga branca.
Logo cedinho a manhã foi povoada por conhecimentos acerca da dinâmica da internet e, consequentemente, por muitos termos em inglês: browsers, messengers, uploads, downloads. A manhã também carregou algumas ideias acerca da diferenciação entre sites em portais, blogs, institucionais, hotsites, aplicações e redes sociais. Este ciclo de conhecimentos compreende conceitos iniciais para o desenvolvimento do site do Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa e uma das maneiras de posterior construção de seu acervo.
Em seguida, as atividades correram ao café e à pipoca: o filme “Narradores de Javé” entrou na televisão e na mente, possivelmente de forma a suscitar questões sobre registro de histórias e materialização do imaterial. Uma de muitas falas do filme que chamaram a atenção e que pode ter a ver com esta temática foi “a história é de vocês, mas a escrita é minha”. E o que isso quer dizer? Como narrar uma história e, assim, registrá-la a partir de um ponto de vista? Como representar o patrimônio imaterial de um povo?
Estas são apenas algumas das questões que podem ser suscitadas nesses espaços de discussão e de posterior escrita do texto. Como transpor aquela conversa da segunda-feira acerca de animais peçonhentos, como o escorpião, e das propriedades da urtiga branca sem que se percam muitos elementos pelo caminho? Como escolher aqueles que são “pertinentes”? A ideia é de questionar e de fazer pensar. Desta maneira, as discussões serão retomadas na próxima sexta-feira (31) com aulas de informática e de língua portuguesa.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Naquelas manhãs de hoje
Por Isa Paula Morais
Naquele tempo a conversa era de quando éramos jovens e tentávamos organizar dados através de planilhas de softwares livres. Os assuntos perpassavam, ainda, pela fluidez da identidade e pelo inventar do passado. Aquele tempo era hoje, mas que já havia transcorrido: uma segunda-feira, 20 de agosto, e uma indecisão entre vento, chuva e sol imersos num passado criado em invenções, quando da escrita destas linhas.
Naqueles tempos de hoje cedinho, Sérgio Vilar compartilhava saberes sobre somas, subtrações e multiplicações em planilhas; falava-nos, também, de conceitos básicos para adentrarmos no mundo Linux, assim do uso das ferramentas Open Office. Pensávamos em como guardávamos e como iríamos guardar o nosso patrimônio que não era assim, tão fácil de guardar – como quem coloca uma moeda no bolso ou numa gaveta. Bom: a gente pensava que poderia ir, aos poucos, adaptando o imaterial daqui e de lá naqueles espacinhos digitais, só para mais pessoas tivessem acesso ao que a gente podia produzir e vivenciar naqueles dias, nos nossos bairros.
Em outros tempos desta manhã falávamos de um dos conceitos de História: “A arte de inventar o passado”. Debulhávamos, também, as frases: e o que era arte? Uns respondiam com um “vivência de um povo” daqui e um “é expressar sentimentos” dacolá; o que era inventar? Lançavam um “criar” como resposta; passado? “Já se foi”. Hum. A gente conversava, ainda, sobre resgate do passado; da cultura. Felipe Cantalice retrucava com um “mas a gente não é SAMU para estar resgatando ninguém. O que a gente pode fazer é uma cópia malfeita, que é também invenção”.
Ah, naquelas manhãs de hoje dialogávamos acerca da fluidez da identidade. Identidade que, por vezes se moldava às expectativas sociais, presentes em ambientes de inserção e de consequente vivência. Pensávamos que essência – que por vezes era considerada o modo de pensamento do lugar de origem – podia estremecer um pouquinho também. E que ponte a gente fazia com a imaterialidade do patrimônio? Era aquela da constante dinâmica desta e deste, que se moldavam e se modificavam em relação ao tempo vivenciado – ganhando e perdendo sentido, sendo ou não, de alguma forma, repetidos e reatualizados.
E por falar em invenção, vai que este texto é inventado, com este passado de tempos verbais? Será que aconteceu ou se constitui, apenas, como um ponto de vista acerca do que se passou, neste passado tão pertinho que está sendo hoje? A gente segue, na próxima sexta-feira (24), com mais aulas de informática e de língua portuguesa.
Naquele tempo a conversa era de quando éramos jovens e tentávamos organizar dados através de planilhas de softwares livres. Os assuntos perpassavam, ainda, pela fluidez da identidade e pelo inventar do passado. Aquele tempo era hoje, mas que já havia transcorrido: uma segunda-feira, 20 de agosto, e uma indecisão entre vento, chuva e sol imersos num passado criado em invenções, quando da escrita destas linhas.
Naqueles tempos de hoje cedinho, Sérgio Vilar compartilhava saberes sobre somas, subtrações e multiplicações em planilhas; falava-nos, também, de conceitos básicos para adentrarmos no mundo Linux, assim do uso das ferramentas Open Office. Pensávamos em como guardávamos e como iríamos guardar o nosso patrimônio que não era assim, tão fácil de guardar – como quem coloca uma moeda no bolso ou numa gaveta. Bom: a gente pensava que poderia ir, aos poucos, adaptando o imaterial daqui e de lá naqueles espacinhos digitais, só para mais pessoas tivessem acesso ao que a gente podia produzir e vivenciar naqueles dias, nos nossos bairros.
Em outros tempos desta manhã falávamos de um dos conceitos de História: “A arte de inventar o passado”. Debulhávamos, também, as frases: e o que era arte? Uns respondiam com um “vivência de um povo” daqui e um “é expressar sentimentos” dacolá; o que era inventar? Lançavam um “criar” como resposta; passado? “Já se foi”. Hum. A gente conversava, ainda, sobre resgate do passado; da cultura. Felipe Cantalice retrucava com um “mas a gente não é SAMU para estar resgatando ninguém. O que a gente pode fazer é uma cópia malfeita, que é também invenção”.
Ah, naquelas manhãs de hoje dialogávamos acerca da fluidez da identidade. Identidade que, por vezes se moldava às expectativas sociais, presentes em ambientes de inserção e de consequente vivência. Pensávamos que essência – que por vezes era considerada o modo de pensamento do lugar de origem – podia estremecer um pouquinho também. E que ponte a gente fazia com a imaterialidade do patrimônio? Era aquela da constante dinâmica desta e deste, que se moldavam e se modificavam em relação ao tempo vivenciado – ganhando e perdendo sentido, sendo ou não, de alguma forma, repetidos e reatualizados.
E por falar em invenção, vai que este texto é inventado, com este passado de tempos verbais? Será que aconteceu ou se constitui, apenas, como um ponto de vista acerca do que se passou, neste passado tão pertinho que está sendo hoje? A gente segue, na próxima sexta-feira (24), com mais aulas de informática e de língua portuguesa.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Todo ato do ser humano!
Professor Felipe Cantalice e agentes culturais |
“Todo ato do ser humano!”, exclamou Lygia, uma das participantes do Curso de Formação de Agentes Culturais, nesta segunda-feira (13), acerca do que significa cultura para ela. Este diálogo fez parte do espaço Educação Patrimonial, segundo momento do dia, que também abrangeu aulas de informática voltadas à construção de um site que se constituirá como parte de um acervo de bens imateriais. As atividades fazem compõem o primeiro de três ciclos do Projeto Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa.
Com
uma hora da manhã destinada à informática, alguns minutos ao café à bolacha e duas
outras a diálogos acerca de Educação Patrimonial, a semana começa já com as
cabeças inquietarem-se quando da volta às comunidades. Circularidade Cultural? Elite,
povo? Mistura? Ginzburg? Menocchio? História e Memória? Como se utilizar destes
conceitos para intervir na comunidade, a fim de que a memória seja preservada
dinamicamente, acompanhando os ritmos da imaterialidade? Como aplicar isto e
materializar, de certa forma, num formato digital – um site? Estas foram
algumas das reflexões que, possivelmente, puderam ser suscitadas assim, numa
manhãzinha chuvosa e de ventanias a revirarem guarda-chuvas.
“Pegue
a dança para você ver. Pegue, pegue. Você não pega. Você pega no braço, na
perna da pessoa, mas na dança... Na dança você não pega”, fala Felipe Cantalice,
facilitador do segundo momento do dia, acerca do que é imaterialidade. E o que
é que isto tem a ver com a gente? Com a gente não está no curso, diretamente? Será
que a comunidade na qual vivemos também não tem uma cultura construída e
reconstruída diariamente? E como fazer como que esta não se esvaia, assim, como
quem esquece sem querer? A sementinha está plantada neste texto, que não
abrange muito das discussões movimentadas nesta última segunda-feira, mas que
se propõe um pontapé inicial a quem tem acesso à leitura.
Os
diálogos prosseguem na próxima sexta-feira (17) com aulas de Língua Portuguesa e
Educação Patrimonial para darem movimento e um pouquinho de forma àquela vivida
e sentida, mas ainda não vista, que é a expressão cultural.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Eita, que sexta-feira foi dia de ciranda!
Por Isa Paula Morais
Com mãos unidas a duas pessoas de cada lado e pés que se cruzavam à direita, envoltos numa ciranda, a sexta-feira (10) começou mais bonita, com tons coloridos de empolgação. O espaço para este entrecruzamento de expressões foi a primeira aula do Curso de Formação de Agentes Culturais Comunitários, proposta pelo projeto Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa.
A manhã foi dum primeiro contato com uma proposta de ressignificação dos conceitos de patrimônio, museu e bens imateriais. O que acumulamos enquanto vivência? Com o que nos identificamos? O museu deve mesmo se constituir como algo estático, fixado num espaço e trancado quando não há expediente? Como vamos construir acervo e registrar um patrimônio imaterial? Estas foram algumas das questões colocadas neste momento de aproximação entre as seis comunidades e os facilitadores do curso.
O espaço também foi de trocas de vivências tanto na roda de diálogo, quando num momento de cafezinho; pessoas se conheceram, se reconheceram e trocaram palavras-experiências quanto às particularidades das comunidades, de suas referências. "Acho que o projeto pode contribuir para a minha comunidade no sentido do resgate de uma cultura coletiva que está desvalorizada. Além disso, com essa abrangência, o projeto pode colaborar para tirar um estigma ruim do meu bairro", conta Josilene, da comunidade de Mandacaru.
As atividades seguem nesta segunda, com aulas de informática voltadas à construção do site do projeto pelos agentes culturais das comunidades. E vamos ao desenvolvimento deste acervo e desta convergência de expressões culturais!
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