Por Isa Paula Morais
Com mãos unidas a duas pessoas de cada lado e pés que se cruzavam à direita, envoltos numa ciranda, a sexta-feira (10) começou mais bonita, com tons coloridos de empolgação. O espaço para este entrecruzamento de expressões foi a primeira aula do Curso de Formação de Agentes Culturais Comunitários, proposta pelo projeto Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa.
A manhã foi dum primeiro contato com uma proposta de ressignificação dos conceitos de patrimônio, museu e bens imateriais. O que acumulamos enquanto vivência? Com o que nos identificamos? O museu deve mesmo se constituir como algo estático, fixado num espaço e trancado quando não há expediente? Como vamos construir acervo e registrar um patrimônio imaterial? Estas foram algumas das questões colocadas neste momento de aproximação entre as seis comunidades e os facilitadores do curso.
O espaço também foi de trocas de vivências tanto na roda de diálogo, quando num momento de cafezinho; pessoas se conheceram, se reconheceram e trocaram palavras-experiências quanto às particularidades das comunidades, de suas referências. "Acho que o projeto pode contribuir para a minha comunidade no sentido do resgate de uma cultura coletiva que está desvalorizada. Além disso, com essa abrangência, o projeto pode colaborar para tirar um estigma ruim do meu bairro", conta Josilene, da comunidade de Mandacaru.
As atividades seguem nesta segunda, com aulas de informática voltadas à construção do site do projeto pelos agentes culturais das comunidades. E vamos ao desenvolvimento deste acervo e desta convergência de expressões culturais!
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