terça-feira, 11 de setembro de 2012

Todos os dias nos dias todos

Por Isa Paula Morais

O patrimônio imaterial se mostra todos os dias nos dias todos: nos sentidos que se atribuem a uma palavra, a um objeto, a um movimento, a uma data. E por falar em data, esta segunda-feira (10) foi de comemoração do aniversário de Lygia, uma das agentes culturais do bairro de Mandacaru. Os festejos começaram cedinho da manhã com as aulas de informática e educação patrimonial, permeadas por café, bolo e palmas de parabéns.

A proposta da aula de informática desta segunda foi a de exercícios de programação para a construção de site: os símbolos de maior que (>) e menor que (<) foram constantemente utilizados no bloco de notas. Em seguida, foram feitos os testes para a criação de páginas: apareceu a nós um espaço branco com título e frases que havíamos escrito anteriormente. Assim começam os primeiros passos para nosso site.

Em seguida, as conversas tomaram outro rumo noutra outra sala: discutimos qual o nosso papel enquanto agentes culturais nos bairros. Como começaremos esse processo de pesquisa em nossas comunidades? Como não “levar carreira de Dona Florinda”, como disse Iara, do bairro de Paratibe? A ideia primeira é a de que façamos um levantamento acerca do que foi já escrito e pesquisado sobre nossas comunidades e, em seguida, a proposta é a de que falemos dos nossos lugares e das consequentes manifestações culturais já que, muitas vezes, os olhares sobre os espaços que habitamos vêm de fora, como que de pessoas que não vivenciam o nosso dia a dia.

Tendo em vista este processo, Pablo Honorato, um dos coordenadores do Projeto e com formação no curso de Direito, falou-nos acerca das maneiras de preservação do patrimônio inscritas na Constituição. Depois, dialogou sobre o que é inventário, o que é museu e de conceitos como identidade e memória.

Falar sobre nós e rever maneiras de como vamos "nos" falar-representar, bem como identificar os patrimônios imateriais tão naturalizados, pode ser difícil. A ideia é a que não sejamos esquecidos nem por nós mesmos, nem pelas pessoas que, muitas vezes, nos conhecem de maneira superficial e através de olhares que não são os nossos.

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Museu do Patrimônio Vivo

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