quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Em novembro


Aula de Português: Fátima Cantalice e os agentes
O mês de novembro do projeto Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa foi movimentado: as atividades seguiram com as aulas de Educação Patrimonial, Fotografia e Língua Portuguesa e, ainda, com as aulas de campo nos bairros Vale do Gramame e dos Novaes. A proposta foi a de os agentes culturais comunitários terem um contato mais consistente junto às expressões culturais das localidades que integram o projeto, de perceber outra nuance da cidade e, ainda, de registrar essas vivências através de fotografias que comporão uma exposição que retornará a todas as comunidades que tão carinhosamente nos acolheram.

Na segunda sexta-feira (9) do mês, a gente vivenciou a escrita de cartas, junto à Fátima Cantalice, para que nos familiarizássemos com a linguagem de quem pede informações a instituições acerca de nossas comunidades, bem como de pesquisas já desenvolvidas com a temática. Neste mesmo dia, Marcela Muccilo conversou mais demoradamente acerca de como construiremos nossos relatórios: “o formato dos relatórios é quadrado, cheio de caixinhas a serem preenchidas; mas nós não precisamos sê-lo”, explica. Nossos relatórios serão feitos de forma da registrar nosso patrimônio imaterial do ponto de vista das formas de expressão; saberes e fazeres; celebrações e edificações.

Aula de Fotografia: Ricardo Peixoto e os agentes
Na sexta-feira (16), logo depois do feriado, a gente vivenciou um pouco mais de fotografia com Ricardo Peixoto: as conversas fluíram quanto aos elementos de composição das fotos e os elementos plásticos de composição: no primeiro momento discutimos acerca de figura e fundo; centro de interesse; movimento; definição; enquadramento; luz; cores; planos; ângulos e linhas. Já no segundo dialogamos acerca do padrão, forma, volume e textura. Aprendemos, ainda, algo muito importante: a como fotografar sem máquina; só com nossos olhos a registrarem o que nos cerca.

Este também foi momento para trocas ideias, a criar – só como palavrinhas ditas – letras de música junto com Jamaica, do Vale do Gramame. Este dia foi, ainda, de a gente conversar com Marcela Muccilo acerca dos nossos relatórios e de pensarmos outras dinâmicas para o museu, cujo significado ainda é um pouquinho difícil de entender: como visitar esse museu? como tocar nesse acervo? E a resposta se encontra cotidianamente: o patrimônio se encontra em nossas casas, nossas ruas e no nosso bairro todos os dias: o negócio é olhar e vivenciar de perto, bem de pertinho. O espaço também foi para a gente se preparar para a aula de campo do domingo (18) no Vale do Gramame.

Aula de Campo: Agentes no Vale do Gramame
Esse domingo no Vale do Gramame chegou cheio de ansiedade. Lugar novo para alguns; lugar já conhecido desde os tempos de criança para outros. Lá a gente pôde pisar na Escola Viva Olho do Tempo, com Penhinha Teixeira, de maneira que conhecemos os cantinhos onde se trabalham a leitura e a memória. Em seguida, conhecemos e reencontramos o mestre cirandeiro João da Penha. Lá vivenciamos o toque da zabumba, da caixa e do ganzá em ciranda com os meninos cantando: Menina não chore por mim/ Eu sou solteiro/ Só namoro quem eu quero e as meninas: Pois arrume outra/ P’ra você não ficar só/ Qu’eu vou p’ra Maceió/ Brincar no cordão amarelo. 

Aquele foi domingo de conhecer, também, o quintal de Seu João, de sentar em círculo para conversar acerca das histórias em ciranda e coco do Vale do Gramame e de partilhar uma jaca. O momento foi, ainda, de registrar em foto da nossa visita e de nos despedir cantando as cirandas reconhecidas no caminho de volta para a casa.

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Museu do Patrimônio Vivo

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