Professor Felipe Cantalice e agentes culturais |
“Todo ato do ser humano!”, exclamou Lygia, uma das participantes do Curso de Formação de Agentes Culturais, nesta segunda-feira (13), acerca do que significa cultura para ela. Este diálogo fez parte do espaço Educação Patrimonial, segundo momento do dia, que também abrangeu aulas de informática voltadas à construção de um site que se constituirá como parte de um acervo de bens imateriais. As atividades fazem compõem o primeiro de três ciclos do Projeto Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa.
Com
uma hora da manhã destinada à informática, alguns minutos ao café à bolacha e duas
outras a diálogos acerca de Educação Patrimonial, a semana começa já com as
cabeças inquietarem-se quando da volta às comunidades. Circularidade Cultural? Elite,
povo? Mistura? Ginzburg? Menocchio? História e Memória? Como se utilizar destes
conceitos para intervir na comunidade, a fim de que a memória seja preservada
dinamicamente, acompanhando os ritmos da imaterialidade? Como aplicar isto e
materializar, de certa forma, num formato digital – um site? Estas foram
algumas das reflexões que, possivelmente, puderam ser suscitadas assim, numa
manhãzinha chuvosa e de ventanias a revirarem guarda-chuvas.
“Pegue
a dança para você ver. Pegue, pegue. Você não pega. Você pega no braço, na
perna da pessoa, mas na dança... Na dança você não pega”, fala Felipe Cantalice,
facilitador do segundo momento do dia, acerca do que é imaterialidade. E o que
é que isto tem a ver com a gente? Com a gente não está no curso, diretamente? Será
que a comunidade na qual vivemos também não tem uma cultura construída e
reconstruída diariamente? E como fazer como que esta não se esvaia, assim, como
quem esquece sem querer? A sementinha está plantada neste texto, que não
abrange muito das discussões movimentadas nesta última segunda-feira, mas que
se propõe um pontapé inicial a quem tem acesso à leitura.
Os
diálogos prosseguem na próxima sexta-feira (17) com aulas de Língua Portuguesa e
Educação Patrimonial para darem movimento e um pouquinho de forma àquela vivida
e sentida, mas ainda não vista, que é a expressão cultural.
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