sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Conheça o projeto Museu do Patrimônio Vivo



Em execução desde agosto de 2013, a segunda fase do Projeto Museu do Patrimônio Vivo trata da salvaguarda do patrimônio imaterial de 11 localidades da Grande João Pessoa. A proposta é de que os próprios moradores identifiquem, mapeiem e inventariem formas de expressão, celebrações, ofícios e lugares. Além do inventário, o projeto propõe a realização de uma exposição fotográfica itinerante pelas 11 comunidades, um catálogo com os bens culturais inventariados e um site. A iniciativa, em sua primeira fase, foi premiada em 2013 pelo Iphan Nacional, por meio do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria Patrimônio Imaterial.

Com este viés, o projeto trabalha com a formação de 18 agentes culturais comunitários bolsistas e oriundos das localidades de Alto do Mateus, Bairro dos Novais, Cabedelo, Conde (Comunidades Quilombolas de Gurugi e Ipiranga), Lucena, Paratibe, Penha, Porto do Capim, Rangel, Roger e Santa Rita (Centro e Tibiri). A ideia é, assim, a criação de um espaço pesquisa, discussão e divulgação do patrimônio imaterial, localizado em lugares representativos das atividades culturais – como a casa dos mestres e atores culturais das localidades e, mesmo, lugares de trabalho, festas, celebrações e brincadeiras. Assim, a proposta é a de valorizar as expressões culturais dentro dos próprios bairros onde se realizam e estimular o trânsito de pessoas de outras comunidades.

Oficina de Economia Viva, com Stella D'Agostini./Foto: Isa Paula Morais
 
A proposta pedagógica, por sua vez, compreende três ciclos de atividades: o primeiro, ocorrido de setembro a novembro de 2013, abarcou oficinas de Educação Patrimonial, Língua Portuguesa, Direitos Culturais e Introdução à Pesquisa Etnográfica; de novembro de 2013 a janeiro de 2014 o projeto segue com as duas primeiras oficinas, incorporando Fotografia e Economia Viva e da Cultura. O último ciclo, que se inicia no próximo fevereiro, abarca as oficinas de Educação Patrimonial, Língua Portuguesa, Elaboração de Projetos e Informática. As oficinas acontecem nas terças e quintas-feiras, a partir das 14h, na Casa do Erário - localizada na Praça Rio Branco, no centro de João Pessoa.

No período transcorrido também foram preenchidas as fichas de localidade, mapeamento de bens culturais nas comunidades e, neste momento, se encontra em processo de preenchimento a ficha de levantamento documental, que abarca a identificação de fontes secundárias, seja sobre as localidades, seja sobre os bens mapeados. Como núcleos de experiência também já foram visitadas as localidades de Porto do Capim, Roger, Rangel e Bairro dos Novais e a visita às outras comunidades já está agendada. O processo das visitas abrange o compartilhamento da vivência cultural de um agente com o demais e com a equipe colaboradora do projeto.

Colaboradores e Agentes Culturais no Porto do Capim.Foto: Isa Paula Morais
Na primeira edição do projeto – que abrangeu Bairro dos Novais, Mandacaru, Paratibe, Rangel, Roger e Vale do Gramame e foi realizada de agosto de 2012 a janeiro de 2013 com financiamento do Fundo Municipal de Cultura – foram inventariados enquanto bens imateriais: ofício de gaiteiro, coco e ciranda, tribo indígena carnavalesca, ofício da rezadeira, quadrilha junina, capoeira, lapinha, ala-ursa, boi de reis, cavalo marinho, coco de roda, casa de taipa, por exemplo.

O projeto é financiado pelo Fundo de Incentivo à Cultura (FIC), proposto por Pablo Honorato Nascimento e executado pela ONG Jaraguá. A iniciativa conta com apoio Iphan-PB e da UFPB por meio do Núcleo de Arte Contemporânea (NAC).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Museu do Patrimônio Vivo

Museu do Patrimônio Vivo