Vídeo de apresentação do Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa, realizado pela equipe do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade do Instituto de Patrimônio Artístico Nacional (Iphan):
http://www.youtube.com/watch?v=3hVfTLoY0lw#t=210
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
As transformações da última semana
Na última semana, as
oficinas de Educação Patrimonial, Introdução à Pesquisa Etnográfica, Língua
Portuguesa e Direitos Culturais foram espaços para discutirmos formas de
comunicar nosso território, assim como de nos apropriarmos das políticas e
normas de salvaguarda de nosso patrimônio.
Na terça-feira (22), a Oficina de
Educação Patrimonial, com Marcela Muccillo, tratou das políticas de patrimônio,
assim como conceitos de monumentos históricos. Neste sentido, o texto de
referência foi “A Face Imaterial do Patrimônio
Cultural: os Novos Instrumentos de Reconhecimento e Valorização”, de Márcia
Sant’anna.
Quanto à
Introdução à Pesquisa Etnográfica, com Marta Sanchís, trabalhamos a noção de
desenvolvimento de um inventário, de modo a identificarmos bens culturais. A proposta é a de narrarmos nosso patrimônio, compartilharmos seu sentido e, assim, trabalhar maneiras de salvaguarda e valorização. Para isso foram partilhadas as fichas de localidade e
sítio que comporão este mapeamento, que tem como referência o Inventário
Nacional de Referências Culturais (INRC) – metodologia de pesquisa desenvolvida
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Já a
quinta-feira (24) abrangeu a Oficina de Língua Portuguesa, com Nara Limeira, espaço onde dialogamos
acerca das formas de nos comunicarmos e, ainda, sobre poesia, música popular,
leitura e contexto como unidade maior onde menor se encaixa. Lúcio Lins e
Eduardo Galeano foram alguns dos escritores que utilizamos como referência.
Além de Língua Portuguesa também contamos com a oficina de Direitos Culturais, com Pablo Honorato, que discorreu acerca das gerações dos Direitos Humanos e, ainda, da ideia de Estado Negativo e Positivo, do ponto de vista de sua intervenção nos Direitos. Também tocamos no assunto da tridimensionalidade cultural, que compreende a dimensão simbólica, dimensão econômica e dimensão cidadã. Falamos, ainda, acerca do direito da expressão da Cultura.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Museu do Patrimônio Vivo recebe prêmio em Brasília
O Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa, representado por Marcela Muccillo, foi à Brasília na última quinta-feira (17) para participar da Premiação Rodrigo Melo Franco de Andrade, organizada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Projeto foi reconhecido na categoria Patrimônio Imaterial, sendo contemplado com um troféu e R$ 20.000 em dinheiro.
O Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa esteve entre as 233 ações inscritas e 76 finalistas da etapa nacional, dentre as quais, oito iniciativas foram contempladas em oito categorias, respectivamente. O prêmio, que também comemora os 120 anos do nascimento do modernista Mário de Andrade, se refere ao coordenador do Serviço do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (SPHAN), antigo Iphan, entre os anos 1937 e 1967.
O Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa esteve entre as 233 ações inscritas e 76 finalistas da etapa nacional, dentre as quais, oito iniciativas foram contempladas em oito categorias, respectivamente. O prêmio, que também comemora os 120 anos do nascimento do modernista Mário de Andrade, se refere ao coordenador do Serviço do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (SPHAN), antigo Iphan, entre os anos 1937 e 1967.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
O tanto que acontece nesta semana
Educação Patrimonial com Marcela Muccillo/ Foto: Isa Paula Morais |
A última terça-feira (15), na Oficina
de Educação Patrimonial com Marcela Muccillo, compreendeu diálogos acerca das
situações culturais simbólicas e de sua consequente instabilidade, geradora de
mudanças. Como, ainda, uma situação material – como o dinheiro - contribui para
a modificação da dinâmica cultural, por exemplo? Quais são as relações de poder
em nossas localidades? Como as lideranças comunitárias influem no andamento do
espaço? E como nós, enquanto moradores da localidade, nos mobilizamos?
|
Nesta terça-feira, na Oficina de
Introdução à Pesquisa Etnográfica com Marta Sanchís, também abrangemos discussões
acerca do conceito de território, a partir de duas definições: Território
enquanto espaço delimitado de poder e, ainda, território percebido numa
percepção culturalista, através de referências simbólicas e subjetivas. Referências
simbólicas ou subjetivas se referem a relações de vizinhança, por exemplo; aos
nomes que damos às ruas, quando em registro, são outros; aos pontos de
referência que damos para quem não sabe chegar à nossa casa. Essas
referencialidades dizem muito sobre nós.
Este também foi espaço de narrar
nossos bairros, a partir de nossa percepção de moradores. De Paratibe se ressaltou a pesca artesanal
como ofício; do Róger se colocou a divisão do bairro em Baixo e Alto e fala das Escolas de Samba; do Rangel se destacou a origem do nome do
bairro (que remonta a uma família) antes conhecido por Varjão; Victor, da Penha, fala das pescas esportiva e
artesanal no bairro, assim como do uso de caiçaras; do Alto do Mateus se falou dos acessos a partir da Via Oeste, Ponte
Bayeux e Ponte da Ilha do Bispo. De Lucena
se falou da emancipação em relação à Santa Rita, há 53 anos, assim como da
principal fonte de renda: A Fábrica Coco do Vale. De Cabedelo se colocou a
problemática de um resíduo do petróleo armazenado na cidade, o chamado petcoke,
assim como a estrutura da localidade e Porto.
Oficina de Direitos Culturais com Pablo Honorato/Foto: Isa Paula Morais |
O Museu do Patrimônio Vivo da Grande
João Pessoa é um projeto financiado pelo Fundo de Incentivo à Cultura (FIC) e
tem apoio da UFPB, por meio do Núcleo de Arte Contemporânea.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
E o Museu do Patrimônio Vivo da Grande JP inicia as atividades!
A segunda fase do Museu do Patrimônio Vivo – agora da
Grande – João Pessoa (PB) inicia as atividades em agosto de 2013, quando da
reorganização da equipe e, em seguida, da seleção dos 24 agentes culturais
comunitários. Agora fazem parte do Projeto 12 localidades – visto que na
primeira fase foram abrangidos seis bairros de João Pessoa – que compreendem
Porto do Capim, Comunidade Negra de Paratibe, Rangel, Róger, Bairro dos Novais,
Penha, Alto do Mateus, Bayeux, Lucena, Cabedelo, Conde e Santa Rita.
Oficina de Educação Patrimonial, com Marcela Muccillo/Foto: Isa Paula Morais |
O primeiro encontro do Curso de Formação de Agentes
Culturais Comunitários ocorreu no dia 24 de setembro, na Casa do Erário, no
centro de João Pessoa. Este foi um momento de ambientação, em que foi
apresentada a estrutura do Projeto mais detalhadamente.
Em seguida, as oficinas – que acontecem nas terças
e quintas-feiras – de Educação Patrimonial (facilitada por Marcela Muccillo) e Pesquisa Etnográfica (Marta Sanchís), assim como Língua Portuguesa (Nara Limeira) e Direitos Culturais (Pablo Honorato) deram início ao primeiro módulo, que se estende por
sessenta dias. Estes são espaços para discussão acerca da Diversidade Cultural,
Instrumentalização da Comunidade, Poder, Mobilização Comunitária, Mídia, uso da
língua portuguesa como um dos meios de expressão, apropriação das normas
constitucionais para salvaguarda cultural e, ainda, identificação de expressões
culturais.
O Museu do Patrimônio Vivo da Grande João Pessoa é
um projeto financiado pelo Fundo de Incentivo à Cultura (FIC) do Governo do
Estado da Paraíba e conta com o apoio da Casa do Patrimônio de João Pessoa e da
UFPB, por meio do Núcleo de Arte Contemporânea (NAC).
Artigo acerca do MPVJP é publicado em Caderno Temático da Casa do Patrimônio de JP
O artigo "Nasceu o Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa" foi publicado no Caderno Temático 03, da Casa do Patrimônio de João Pessoa, denominado "Educação Patrimonial: Educação, Memória e Identidades". Quem assina é Nara Limeira, Gabriela Limeira e Nina Nascimento, participantes da 1ª fase do projeto nas funções de Coordenação Pedagógica, facilitadora da Oficina de Educação Patrimonial e Agente Cultural Comunitária, respectivamente.
O artigo na íntegra pode ser acessado pelo endereço: http://issuu.com/daniellalira/docs/caderno_tem__tico_03/01?e=0/5112056
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Projeto Museu do Patrimônio Vivo no Iphan Nacional
Projeto une patrimônio imaterial e melhoria da qualidade de vida de jovens paraibanos
As comunidades tradicionais de João Pessoa (PB), dos
bairros Novais, Roger, Rangel, Mandacaru, Paratibe e Vale do Gramame
são o fio condutor do projeto Patrimônio Vivo de João Pessoa que tem
como objetivo inventariar os bens do patrimônio imaterial destas
localidades. Ricas em manifestações culturais, as comunidades convivem
com baixos índices de qualidade de vida e um número muito alto de
analfabetismo. O projeto Museu Vivo de João Pessoa se
constitui em um espaço de pesquisa, discussão e promoção do patrimônio
imaterial com o foco na formação de jovens em agentes culturais para
elaborar inventários dos bens culturais identificados. A ação foi
vencedora da etapa nacional da 26ª Edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria Patrimônio Imaterial.
Criado em 1987, o prêmio do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN) é um reconhecimento a ações de proteção,
preservação e divulgação do patrimônio cultural brasileiro.
As atividades começaram em 2012 com a participação de seis bairros
tradicionais identificados por suas festas, celebrações, mestres,
brincadeiras populares e manifestações. O projeto é financiado pelo
Fundo Municipal de Cultura de João Pessoa e apresenta uma proposta de
educação, cultura e inclusão social por meio do mapeamento,
identificação, registro e salvaguarda do patrimônio imaterial. O ponto
de partida é um curso de capacitação de agentes culturais comunitários
que é dirigido a 12 jovens bolsistas moradores dos bairros selecionados.
Cada inscrito recebe uma bolsa de R$ 300,00. Eles têm aulas de
português, educação patrimonial, direitos culturais, economia criativa,
fotografia aplicada à pesquisa de campo, informática e elaboração de
projetos.
Após a capacitação, os jovens iniciam o inventário mapeando o
maior número possível de bens imateriais presentes nas comunidades
identificadas pelo projeto. A metodologia utilizada na pesquisa de campo
segue os mesmos preceitos técnicos do Inventário Nacional de
Referências Culturais (INRC), desenvolvido pelo IPHAN para produzir
conhecimento sobre os domínios da vida social aos quais são atribuídos
sentidos e valores e que, portando, constituem marcos e referências de
identidade para determinado grupo social.
Desde sua formulação, o projeto procurou envolver os grupos
tradicionais que detêm o conhecimento do patrimônio imaterial nos
bairros e a comunidade dando a oportunidade para que eles mesmos contem
suas histórias, falem de suas referências e mostrem o que realmente tem
significado simbólico agregando, desta forma, um compromisso de
pertencimento coletivo entorno do patrimônio cultural. Atuando como
agentes culturais, os jovens passam a conhecer seu cotidiano e as
tradições culturais de seus bairros e podem desenvolver ações e projetos
de fomento de salvaguarda dos bens imateriais presente nas comunidades.
O Museu ainda utiliza várias ferramentas de comunicação para promover
o trabalho que é desenvolvido nos bairros e nas comunidades. O projeto
mantém um blog, uma página no facebook, uma coluna semanal no jornal
impresso e virtual A União. O Museu Vivo de João Pessoa
não tem um espaço físico. É composto de pessoas, lugares, narrativas,
calendários festivos, expressões e manifestações culturais presente nas
comunidades. Para visitar o Museu, basta ir aos bairros e participar das
brincadeiras, das festas populares, falar com as pessoas e aprender com
os mestres que fazem parte do patrimônio cultural da cidade.
Do Iphan Nacional
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