sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O tanto que acontece nesta semana

Educação Patrimonial com Marcela Muccillo/ Foto: Isa Paula Morais
Nesta última semana, o Projeto Museu do Patrimônio Vivo da Grande João Pessoa abrangeu as oficinas de Educação Patrimonial, Introdução à Pesquisa Etnográfica e Direitos Culturais. Estes foram dias de se discutir acerca dos temas sistemas simbólicos, padrões reais e ideais, a dinamicidade cultural, direitos humanos, território e especificidades das localidades. Nestes espaços estiveram presentes agentes culturais das localidades de Cabedelo, Paratibe, Róger, Novais, Rangel, Penha, Lucena, Alto do Mateus, Bayeux, Conde, Porto do Capim e Santa Rita.

A última terça-feira (15), na Oficina de Educação Patrimonial com Marcela Muccillo, compreendeu diálogos acerca das situações culturais simbólicas e de sua consequente instabilidade, geradora de mudanças. Como, ainda, uma situação material – como o dinheiro - contribui para a modificação da dinâmica cultural, por exemplo? Quais são as relações de poder em nossas localidades? Como as lideranças comunitárias influem no andamento do espaço? E como nós, enquanto moradores da localidade, nos mobilizamos?

Pesquisa Etnográfica com Marta Sanchís/ Foto: Isa Paula Morais
 Nesta terça-feira, na Oficina de Introdução à Pesquisa Etnográfica com Marta Sanchís, também abrangemos discussões acerca do conceito de território, a partir de duas definições: Território enquanto espaço delimitado de poder e, ainda, território percebido numa percepção culturalista, através de referências simbólicas e subjetivas. Referências simbólicas ou subjetivas se referem a relações de vizinhança, por exemplo; aos nomes que damos às ruas, quando em registro, são outros; aos pontos de referência que damos para quem não sabe chegar à nossa casa. Essas referencialidades dizem muito sobre nós.

Este também foi espaço de narrar nossos bairros, a partir de nossa percepção de moradores. De Paratibe se ressaltou a pesca artesanal como ofício; do Róger se colocou a divisão do bairro em Baixo e Alto e fala das Escolas de Samba; do Rangel  se destacou a origem do nome do bairro (que remonta a uma família) antes conhecido por Varjão; Victor, da Penha, fala das pescas esportiva e artesanal no bairro, assim como do uso de caiçaras; do Alto do Mateus se falou dos acessos a partir da Via Oeste, Ponte Bayeux e Ponte da Ilha do Bispo. De Lucena se falou da emancipação em relação à Santa Rita, há 53 anos, assim como da principal fonte de renda: A Fábrica Coco do Vale. De Cabedelo se colocou a problemática de um resíduo do petróleo armazenado na cidade, o chamado petcoke, assim como a estrutura da localidade e Porto.

Oficina de Direitos Culturais com Pablo Honorato/Foto: Isa Paula Morais
Na quinta-feira (17) aconteceu a Oficina de Direitos Culturais, com Pablo Honorato, de maneira a tratar dos Direitos Individuais e Sociais, assim como da inserção do Direitos Culturais e Humanos nessas concepções. Como referência, também tivemos a oportunidade de assistir ao filme “Narradores de Javé”, dirigido por Eliane Caffé (SP) que trata da oralidade, interpretações de um momento histórico valorizado pela comunidade, sistematização e identificação de dados. Especificidade da verbalização oral e, ainda, escrita, assim como a análise da parcialidade.

O Museu do Patrimônio Vivo da Grande João Pessoa é um projeto financiado pelo Fundo de Incentivo à Cultura (FIC) e tem apoio da UFPB, por meio do Núcleo de Arte Contemporânea.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Museu do Patrimônio Vivo

Museu do Patrimônio Vivo